Quando uma mãe perde um filho, todas as mães do mundo perdem um pouco também”. Com esta frase o “Grupo A.mar” leva seu apoio e auxílio às mães que passam pelo luto.
Daniele Alany Freires Garcêz, uma das organizadoras do Grupo, conta que o projeto surgiu da necessidade de amparar as mães que passaram pelo luto gestacional, neonatal ou infantil, e precisavam de apoio emocional, além da troca de experiências com outras mães que também passaram pela mesma dor.
“A Verusca me procurou em 2018 e juntamos nossas ideias e histórias, as pessoas chegavam até nós como uma referência e decidimos usar isso pra ajudar cada vez mais pessoas”, destaca Daniele.
Atualmente, o projeto é bem atuante por meio de um grupo online composto por 30 mães, mas a lista de nomes que chegam até elas é de 88 mulheres e infelizmente esse número vem crescendo.
“É comum ouvir as pessoas dizendo que ‘é normal’ perder um bebê até os três meses de gestação, mas isso acontece com frequência após esses três meses também por diversas causas. Ninguém prepara uma mãe para se despedir do filho para sempre! Ninguém sabe como lidar com essa mãe”, conta Daniele, ponderando também que “Não importa com quantas semanas, meses e anos a despedida aconteceu. Não existe um protocolo, cada história é única, cada dor é única. Acreditamos que o importante seja sentir! Falar!”.
De acordo com Daniele, pelo luto ser um tabu, muitas vezes as mães sofrem caladas, não entendem, não respeitam e simplesmente não sabem como agir. A ideia do projeto é realmente normalizar o assunto, afinal, a única certeza da vida é a morte. O Grupo Ama.r também conta com o trabalho voluntário da psicóloga Raquel Prado.
“O projeto visa o despedir, guardar as lembranças e falar sem dor. Em caso de natimorto, muitas mães não querem ver o bebê na hora do parto, mas anos depois se arrependem por não terem uma lembrança. Nossa ideia é justamente trabalhar essa aceitação”, explica Daniele.
No ano passado, o Grupo A.mar conseguiu aprovar a Lei 1.441/2020 que estabelece a realização da “Semana de sensibilização/conscientização da perda gestacional, neonatal e infantil” em Ilhabela. O evento reúne profissionais de saúde e mães no intuito de diminuir o sofrimento e adoecimento mental que as mulheres podem desenvolver com a perda de seus bebês, além de conscientizar a população sobre empatia, acolhimento, sensibilização e humanização.
Para as mães que se identificaram com o projeto e querem de alguma forma buscar ajuda, entre em contato pela página no Facebook por meio de mensagem privada (facebook.com/grupoa.marmaesdeanjo) ou pelos telefones (12) 99218-9865 – Daniele Garcêz ou (12) 99159-6636 – Verusca Morais.
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