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Morador de Ilhabela preso em Brasília confessa invasão "Não sabia que não podia entrar no Congresso"

Foto do escritor: Caio GomesCaio Gomes

Fabrício de Moura Gomes, de 45 anos, é natural de Jacareí (SP), mas reside em Ilhabela. Ele disse que há cerca de 60 dias participava de uma manifestação golpista em frente à Marinha.




Um morador de Ilhabela que foi preso em Brasília após atos golpistas prestou depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal e afirmou que "não sabia que não podia entrar no Congresso Nacional".


Mais de mil pessoas estão presas suspeitas de invadir e vandalizar o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo (8). Pelo menos cinco pessoas da região estão presas, nossa reportagem teve acesso ao depoimento de Fabrício de Moura Gomes, morador de Ilhabela.

De acordo com o documento, Fabrício não possui advogado advogado constituído. Nossa reportagem tentou entrar em contato com a família, sem sucesso.


Fabrício de Moura Gomes, de 45 anos, é natural de Jacareí, mas reside em Ilhabela. Para a polícia, ele contou ser gerente de um restaurante no arquipélago.


No depoimento, Fabrício disse há cerca de 60 dias ele participava de uma manifestação golpista em frente à Marinha, na cidade de São Sebastião e que junto com um grupo de amigos que participam do acampamento, decidiu fretar um ônibus para ir a Brasília.


“O interrogando, juntamente com o pessoal que estava manifestando em frente à Marinha, locaram um ônibus para trazê-los até Brasília. Chegaram em Brasília na sexta e pretendiam ir embora na segunda”, diz o documento.


Fabrício disse em depoimento que ele e mais quatro pessoas alugaram um quarto na cidade e que no domingo (8), foram ao acampamento em frente ao Quartel do Exército em Brasília, por volta das 11h.


No acampamento, Fabrício disse que viu inúmeros manifestantes se dirigindo até a Esplanada e que quando descia a avenida, percebeu que havia pessoas invadindo o Congresso Nacional e seguiu junto com o grupo, subindo a rampa do Congresso.


“O interrogando no meio da tarde seguiu com seus quatro amigos e os inúmeros manifestantes para a Esplanada. Que o interrogando visualizou quando descia a avenida que os manifestantes tinham invadido todo o Congresso Nacional, seguiu para lá e subiu a rampa para o Congresso”, diz o texto.


Para a polícia, o homem ainda confessou que entrou no Congresso, seguiu para a parte inferior do prédio, até que foi contido pela chegada do exército e depois detido.


“O interrogando seguiu algumas pessoas e foi para a parte debaixo do Congresso, pois o Exército estaria Iá. Que ao chegar, se deparou com militares do exército e ficou deitado ao chão. Que logo depois policiais militares chegaram e levaram o interrogando", disse.

Por fim, Fabrício alegou que não concordava com o governo e que não sabia que não era permitido entra no Congresso.


“Disse que não está feliz com o governo e que não sabia que não podia entrar dentro do Congresso Nacional”, afirmou no documento.

 
 
 

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