Município vacinou cerca de 5% da população com a primeira dose e 2,57% com as duas doses. A cidade recebeu vacinas Coronavac e Oxford- AstraZeneca
O governador João Doria (PSDB) anunciou hoje que tomará medidas adicionais para combater a pandemia de covid-19 em São Paulo. O estado já está em fase emergencial, que tem até restrições para alguns serviços essenciais. Mas segundo o governador, a situação continua “gravíssima”
Em Ilhabela os números seguem na contramão da maioria dos municípios do Estado. De acordo com a Prefeitura de Ilhabela, até o final da tarde de ontem (16) sete pacientes estavam hospitalizados na cidade, sendo três na UTI (50%) e quatro na enfermaria (18,18%). Além desses casos, outros três pacientes do arquipélago estavam internados em outros hospitais fora do municípios.
A cidade registra 32 óbitos e 5.387 casos confirmados, destes, 5.255 pacientes se recuperaram, 83 estão em acompanhamento domiciliar e 89 casos suspeitos que aguardam resultados de exames.
Com relação a vacina contra a Covid-19, Ilhabela recebeu até o momento 2.949 doses de imunizantes. Até o dia 15 de março a Secretaria Municipal de Saúde já havia aplicado 2.706 doses, sendo 1.789 pessoas que receberam a 1ª dose e 917 que ja foram imunizados com as duas doses da vacina.
Segundo o IBGE, a cidade teve a população estimada em 35.591 pessoas em 2020. Levando em conta esse número o arquipélago vacinou — com a primeira dose — pouco mais de 5% dos moradores até agora. Já os moradores imunizados com as duas doses da vacina totalizam pouco mais de 2,57%.
Colapso na Saúde
Durante coletiva de imprensa na tarde de hoje (17), o governador João Dória poderá ampliar as medidas de restrição no Estado.
“Tenho reunião pela manhã e vai terminar às 11 horas. E às 11h30 teremos reunião preparatória da entrevista coletiva, onde anunciaremos quais serão as medidas adicionais. Estamos diante de um quadro gravíssimo em São Paulo e no Brasil. E São Paulo adotará novas medidas, a partir da decisão do Centro de Contingência. Não temos decisões políticas”, prometeu Doria.
O Centro de Contingência concluiu, em reunião do último domingo, que São Paulo poderia entrar em colapso total na quinta-feira, ficando sem leitos de UTI em todo estado. A partir de segunda-feira o estado entrou na fase emergencial, mas o primeiro índice de isolamento não foi satisfatório: apenas 43% das pessoas ficou em casa. O ideal é que essa taxa fique, pelo menos, acima de 50%.
Ontem São Paulo registrou 679 mortes em um dia, o que significa um recorde. O número de hospitalizados com covid-19 também reflete a escalada da pandemia: agora são 10,7 mil pacientes com o vírus internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e 14,2 mil em leitos de enfermaria — 24,9 mil no total, mais um recorde. A taxa de ocupação dos leitos de UTI em todo o estado, segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, está em 90%. Na Grande São Paulo, a marca é levemente maior, de acordo com a pasta: 90,6%. Esses índices foram revelados ontem. Haverá uma nova atualização na entrevista coletiva citada por Doria, que começará 12h45.
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