Ilhabela realiza 6ª Conferência Municipal das Cidades e define propostas prioritárias para o desenvolvimento urbano
- Redação
- 17 de jun.
- 3 min de leitura

A Prefeitura de Ilhabela promoveu, nos dias 13 e 14 de junho, a 6ª Conferência Municipal das Cidades, reunindo representantes do poder público, movimentos sociais, entidades profissionais e da sociedade civil em torno do tema “Construindo a Política Inclusiva de Desenvolvimento Urbano”. O evento integrou o calendário oficial da 7ª Conferência Estadual das Cidades e foi realizado no Auditório Municipal Pasquale Colucci, no Paço Municipal.
Palestra, mesa-redonda e grupos de trabalho marcaram a programação
A abertura aconteceu na sexta-feira (13), às 17h30, com a presença do vice-prefeito João Pedro Reale Colucci, do presidente da Câmara Municipal, vereador Ezequiel Alves, dos parlamentares Anísio Oliveira e Dra. Núbia, além dos secretários municipais e vereadores licenciados Dr. Thiago Souza e Edilson da Ilha. Na sequência, foi lido e aprovado o regimento interno da conferência.
O destaque da noite foi a palestra do subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo, José Police Neto, que abordou os desafios atuais das políticas urbanas e a importância da regulação e planejamento territorial. Police Neto também coordena o Núcleo de Habitação, Real Estate e Regulação do Centro de Estudos das Cidades.
No sábado (14), os trabalhos começaram às 9h30 com o credenciamento. A mesa-redonda reuniu especialistas como a geóloga e pesquisadora científica Célia Regina de Gouveia Souza e a bióloga e ambientalista Daniela Lerario, com foco em ação climática, economia circular e governança ambiental.
Em seguida, os participantes foram divididos em grupos temáticos de trabalho. À tarde, foram votadas as propostas elaboradas por cada grupo e eleitos os delegados que representarão Ilhabela na etapa estadual.
Entre os temas debatidos estavam: habitação, mobilidade urbana, saneamento básico, meio ambiente, cidades inteligentes e participação social. Ao todo, a conferência contou com 93 participantes na sexta-feira e 42 nos grupos temáticos no sábado.
Participação, escuta ativa e compromisso com o futuro
O secretário de Habitação e Gestão Territorial, Dr. Thiago Souza, destacou a relevância da conferência como espaço de construção coletiva:
“A Conferência Municipal das Cidades é um espaço essencial para o diálogo, participação social e construção do futuro do nosso município. Nenhuma dessas questões pode ser enfrentada sem ouvir quem vive e constrói essa cidade: o povo.”
A secretária de Meio Ambiente, Maria Inez Fazzini, também ressaltou a força do debate:
“Foram dois dias extremamente significativos, especialmente para as pautas ambientais. Discutimos mudanças climáticas, economia circular, gestão de resíduos e governança com especialistas de excelência. Fico muito satisfeita em ver a sociedade civil engajada e consciente de que pensar o futuro urbano é, antes de tudo, preservar o meio ambiente.”
Propostas aprovadas seguem para a etapa estadual
Quatro propostas principais foram aprovadas na conferência e serão levadas à 7ª Conferência Estadual das Cidades:
Habitação e regularização fundiária: criação de política habitacional em parceria com os governos estadual e federal, com foco na implantação de moradias populares e regularização fundiária adaptada às comunidades tradicionais, conforme o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS);
Saneamento básico: universalização do acesso à água e ao tratamento de esgoto até 2030, em consonância com a Agenda 2030 da ONU;
Tecnologia e dados abertos: reestruturação da plataforma da Fundação SEADE para disponibilizar dados públicos por meio de APIs abertas, promovendo painéis e análises em tempo real para os municípios;
Gestão democrática: fortalecimento dos conselhos municipais, com foco em diversidade, inclusão de comunidades não organizadas, estímulo à participação cidadã e fomento à economia solidária.
Com a conclusão da etapa municipal, Ilhabela avança no debate sobre o desenvolvimento urbano sustentável, promovendo políticas públicas inclusivas com base na escuta ativa, na participação popular e no protagonismo social.
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