A norueguesa Equinor iniciou a campanha de instalação marítima de equipamentos no Campo de Bacalhau (antiga descoberta de Carcará), no pré-sal próximo a Ilhabela.
De acordo com a agência Reuters, a nova área de extração fica localizada a 185 km da costa do arquipélago e é um reservatório de carbonato de alta qualidade, contendo óleo leve com contaminantes mínimos. O campo contará com um dos maiores FPSOs do Brasil com capacidade de produção de 220.000 barris por dia e sistema de manipulação/injeção de gás de 15 milhões de metros cúbicos por dia.
A empresa prevê iniciar em 2025 a produção de petróleo em Bacalhau, primeiro projeto a ser desenvolvido por um operador internacional no pré-sal brasileiro.
O trabalho de instalação marítima é executado em um contrato integrado de EPCI (Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação) com a SIA (Subsea Integration Alliance, uma aliança entre OneSubsea e Subsea7).
Um navio da Subsea7 chamado Seven Pacific, capaz de operar em profundidades de até três mil metros, é a primeira embarcação de instalação marítima a trabalhar no ativo. Outros três navios de construção principais também irão preparar o campo para receber posteriormente a plataforma de produção do tipo FPSO.
A área conta ainda com as atividades da sonda de perfuração chamada West Saturn desde novembro passado. Uma segunda sonda chamada de Valaris DS-17 começará a atuar no local ainda este ano.
"O início da campanha marítima é um marco muito relevante para Bacalhau, que é um projeto-chave para a Equinor. A campanha de instalação marítima é mais um passo na jornada para ser o primeiro operador internacional a desenvolver um campo no pré-sal brasileiro", disse em nota o diretor do projeto Bacalhau, da Equinor, Trond Stokka Meling.
O campo foi originalmente descoberto sob operação da Petrobras, que vendeu em 2016 os seus direitos no bloco BM-S-8 para a Equinor, por 2,5 bilhões de dólares, na primeira alienação de um grande ativo do pré-sal pela estatal, em meio a um amplo programa de desinvestimentos.
A Equinor é operadora de Bacalhau, com 40% de participação. Os demais parceiros no ativo são ExxonMobil (com 40%), Petrogal Brasil (20%) e a estatal Pré-sal Petróleo, que representa os diretos da União em ativos sob contrato de partilha.
ALIANÇA CIENTÍFICA
Como parte do projeto, a Equinor destacou que está apoiando uma aliança científica entre a Subsea7 e o National Oceanography Centre (NOC, na sigla em inglês), o BORA Blue Ocean Research Alliance, financiando e adaptando ao navio Seven Pacific um dispositivo que coletará dados de Variáveis Oceânicas Essenciais no campo.
O dispositivo consiste em sensores de pH e alcalinidade total e um sensor para fornecer medições de temperatura, salinidade e profundidade, que transmitem dados diariamente.
"Os projetos da Subsea Integration Alliance nos levam a áreas do oceano raramente visitadas pelos cientistas. Adicionando sensores inovadores aos ROVs (Remotly Operated Vehicles), podemos coletar dados em locais inacessíveis, ampliando o alcance global das observações do oceano", disse o CEO da Subsea Integration Alliance, Olivier Blaringhem.
"Com foco nas variáveis oceânicas essenciais (EOVs), as medições terão um alto impacto em escala global. Os dados coletados são compartilhados e analisados por cientistas oceanográficos no National Oceanography Centre. Toda informação validada é formalmente disponibilizada para a comunidade científica global."
De forma integrada às operações rotineiras, os dados estão sendo transferidos com sucesso para os cientistas, paralelamente ao período operacional.
Difícil dar opinião numa área que não conheço. Creio que tudo aquilo que for benefício, para o Litoral será ótimo. Preocupação é com meio ambiente!!. Nada entendo.